Navegando nas Águas Turbulentas: Como Acionistas, Conselhos e Gestão Executiva podem alinhar Expectativas e Diretrizes Estratégicas

Examinando o organismo corporativo, é possível observar a existência de órgãos vitais que não somente o mantém respirando e em atividade, como são fundamentais para que se possa traçar e executar seu plano de desenvolvimento. Entre eles, estão o conselho de administração, o conjunto de acionistas e a gestão executiva. 

É com o suporte dessas três estruturas que as estratégias saem do papel e tomam corpo no dia a dia de uma empresa, sendo convertidas nas ações determinantes para impulsionar seus resultados. E, ainda que essa dinâmica pareça simples, esses sistemas que funcionam em todo o seu potencial quando atuando de forma ordenada e alinhada, podem também gerar catástrofes internas quando em desequilíbrio.

Por isso, neste artigo, compartilhamos a visão da Lumit no tocante ao alinhamento entre acionistas, gestão executiva e conselho de administração, bem como dicas e estratégias de como ultrapassar os principais desafios na construção de um bom relacionamento entre essas três instâncias, incentivando uma melhor comunicação e alinhamento de expectativas entre elas.

Os principais desafios mapeados

Imagine uma embarcação que navega pelos mares corporativos. A princípio, o seu destino é claro e objetivo: o sucesso da empresa. Seguindo rumo a esta direção final, compreendemos que é fundamental que sejam definidas, planejadas e por fim executadas as rotas, ou seja, estratégias, que a guiarão até lá. 

O conselho de administração traça essas rotas, os acionistas votam naqueles que analisam como mais viáveis, fornecendo os recursos para sua execução, e por fim a gestão executiva garante que sejam colocadas em prática. 

Essas três forças criam ondas fortes, que podem impulsionar a embarcação, diminuindo sua distância em relação ao destino final. Mas também podem soprar em diferentes sentidos e conturbar o avanço dela, gerando um fluxo de águas turbulentas. 

Entre alguns dos principais desafios que podem causar desencontros entre as três forças que abordamos aqui são causados por:

  • Falhas de comunicação
  • Não-alinhamento de expectativas
  • Conflitos de agenda

Cada instância tem sua rotina, seus processos e suas pautas. Diante disso, reunir um momento para conversar sobre questões em comum pode ser um grande desafio, ainda que este diálogo seja basilar para o negócio andar. E é neste conflito de agendas que são geradas também as falhas de comunicação, assim como não há o alinhamento de ideias e expectativas. 

É comum que isso aconteça em casos, por exemplo, nos quais a gestão executiva se vê diante do período de entrega de resultados, mas votações entre os acionistas e o conselho de administração geram um atraso na apresentação de estratégias. Ou em cenários em que o planejamento estratégico não condiz com a realidade prática da empresa e até mesmo quando a gestão executiva centraliza os processos em si e não acompanha o calendário estratégico. 

Ocupando uma posição muito própria na estrutura da empresa, os acionistas também podem não acompanhar o fluxo definido pelo conselho de administração, gerando desconfortos e extrapolando os prazos. 

Navegar – pelas dificuldades – é preciso 

Em meio a essas formações de água turbulentas, o primeiro passo a ser considerado é enfrentar a maré: organizar a casa e alinhar uma rotina que envolva um diálogo recorrente entre acionistas, gestão executiva e conselho de administração. Essa rotina pode ser definida a partir:

  • da unificação e transparência do calendário estratégico, determinando datas e prazos alinhados previamente e divulgados com antecedência;
  • de reportes mensais ou semanais através dos principais meios de comunicação entre as três instâncias;
  • da apresentação de cenário da empresa diante de momentos que envolvam tomadas de decisão;
  • de alinhamento dos objetivos e interesses das instâncias, diante de reuniões periódicas, entre outros. 

Neste movimento de trocas, ajustes e engajamentos, o conselho de administração se destaca pelo seu papel fundamental de mediador em todo o processo. No mundo dos negócios, é essencial ter uma visão estratégica,  e é isto que um conselheiro de administração agrega neste momento, assim como ao todo dentro de um negócio, definindo diretrizes para o seu sucesso, além de dar suporte em contratações, nas relações com os acionistas e no acompanhamento de resultados junto à diretoria executiva. 

Debatendo questões de governança, preservando os colaboradores e a cadeia de valor do sistema, o conselheiro tem o poder de criar uma agenda verdadeiramente inovadora e desbravar por caminhos diferenciados para alcançar objetivos efetivos, além de desenvolver a capacidade de interpretar e antecipar cenários. Essas são as habilidades necessárias não apenas para atravessar momentos desafiadores, mas, acima de tudo, para retomar o crescimento com perenidade.

Formando Conselheiros para Empresas de Sucesso

Segurem os lemes e preparem as velas: se a viagem para enfrentar as águas turbulentas é guiada pela visão e aptidão dos conselheiros, então novas rotas exploratórias vêm sendo desbravadas pelo Programa de Desenvolvimento de Conselheiros (PDC), que aborda todos os aspectos relevantes no desempenho desta função a partir de temas atuais e potencializando este universo por meio de uma abordagem abrangente em governança, estratégia e finanças, para que enfim os participantes possam desbloquear seu potencial máximo como um Conselheiro Empresarial.

Desta forma, mais do que formar conselheiros e executivos, os prepara para enfrentar todos os desafios que citamos acima, sendo elemento-chave para um bom alinhamento e comunicação eficaz entre os principais stakeholders, o que é decisivo para o sucesso de um negócio.

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