Trabalhe enquanto eles dormem – quem nunca se deparou com essa frase ou pensamentos similares nas redes sociais? A grande demanda de produtividade profissional tem sido um importante tópico de discussões, inclusive para trazer aos debates questões de saúde importantes como o burnout.
Este tem sido um grande desafio enfrentado pelos profissionais durante os anos: construir uma carreira pautada na ideia de que um bom trabalhador é aquele que entrega muitos resultados. E a armadilha sobre a qual nos propomos a tratar neste artigo começa exatamente neste ponto.
O perfil que o mundo corporativo busca, na realidade, não se destaca por entregar volume de resultados, mas resultados de qualidade. E para um gestor, esta carga de responsabilidade tem ainda um peso diferente, pois cabe a ele a responsabilidade de conduzir a equipe que entregará esses resultados.
E por que confundir qualidade com quantidade é arriscado neste caso? Justamente porque a tentativa de entregar muito nos direciona à armadilha operacional: estar à frente de uma gestão presa às tarefas operacionais diárias e que não alia isso a uma visão de futuro, falhando em trabalhar estrategicamente.
Imagine um foguete: antes do seu lançamento, existe uma estrutura que o segura e posiciona para que se mantenha estável ao iniciar o processo de propulsão. Digamos que essa estrutura é uma base, um ponto de partida. A maioria dos foguetes recebe essa estrutura, independente de sua rota, tripulação e da missão que irá cumprir.
Para um negócio, cumprir com qualidade os processos operacionais é esta base e, assim como no foguete, essas atividades são fundamentais para o processo, mas são todas as rotas, plano da missão e habilidades dos envolvidos que determinarão se o propósito para o qual aquele foguete foi construído se cumpriu. Para fazer sua equipe decolar, um gestor precisa assumir o comando do foguete e garantir que, além da base, todos os outros componentes funcionem de forma articulada para que todos possam alcançar cada vez mais novos horizontes. E aqui entra a importância de desenvolver uma mentalidade estratégica.
O desafio do operacional: identificando o ciclo
Albert Einstein uma vez afirmou que “insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”. A insistência no ciclo operacional pode ser observada quando muitas vezes uma liderança comete os mesmos erros ou se depara constantemente com as mesmas dificuldades.
Isso porque ficar preso ao agora, resolver apenas as tarefas de hoje, nos impede de enxergar além. Além de limitar todo o potencial de crescimento e inovação que existe na combinação de diferentes personalidades e habilidades de uma equipe, reduz as possibilidades de onde se pode chegar em relação a resultados e crescimento do negócio, chegando a afetar até mesmo o seu futuro. Não é possível conhecer novos caminhos quando se anda em círculos.
Por isso, vale a pena refletir: você costuma se deparar com a sensação de que está treinando um time de bombeiros, apenas apagando incêndios constantemente? Sendo assim, acredita que o seu time conhece a sua visão de futuro e está preparado para implementá-la? O quanto ele contribui em relação a estratégias para isso? Suas atividades diárias têm uma direção clara e um objetivo bem definido? Qual é o valor da sua empresa sem o seu time de gestão?
É possível que essas respostas mostrem que sua gestão pode ter caído na armadilha do operacional. E este é o momento certo para mudar o curso dos fatos e guiar o seu time de volta à direção dos ventos de desenvolvimento e inovação. Este é o sinal para começar a você mesmo(a) a exercitar e incentivar na equipe a mentalidade estratégica.
Mentalidade estratégica: o que realmente significa?
A mentalidade estratégica abrange um conjunto de comportamentos e dispositivos para otimizar os processos operacionais e abrir espaço para mais tempo e dedicação em sua rotina de trabalho. Adotar essa mentalidade, em termos práticos, implica em:
- Pensar e planejar a longo prazo: definir metas semanais, mensais, anuais e plurianuais é fundamental. Além disso, também é importante revisar essas metas durante o caminho, avaliando se elas ainda fazem sentido e estão conectadas ao propósito da empresa;
- Ser proativo e não reativo: em vez de esperar os problemas acontecerem para resolvê-los, agir estrategicamente envolve fazer projeções de cenários futuros e definir protocolos claros para possíveis gestões de crise.
- Ter uma visão holística do negócio: definir visão, missão e objetivos, além de torná-los claros para todos os envolvidos na atividade fortalece o senso de propósito coletivo.
- Ser direcionado a soluções: não desperdice tempo à procura de culpados para os problemas: lidere todos ao caminho das respostas para como resolvê-los.
Dar alguns passos para trás e tomar um local onde a visão é mais ampla contribui para planejar cada vez mais os próximos movimentos.
Desprender-se do ciclo estratégico é uma colheita contínua, que deve ser cultivada todos os dias. E para iniciar a transição do ciclo operacional para a cultura estratégica, alguns passos são essenciais:
- Autoconhecimento e Liderança Pessoal: ainda que você reconheça todas as habilidades de cada membro da sua equipe e consiga enxergar claramente como cada um agrega nos resultados, será que eles sabem disso? E qual é a sua contribuição neste processo? Você entende como sua participação influencia na motivação da equipe? Conhecer a si mesmo é entender quais são os seus pontos fracos, buscar corrigi-los e exercitar os pontos fortes de forma que eles sejam potencializados e se sobressaiam àqueles. Incentive atividades que despertem essa autorreflexão em sua equipe. Mais consciente de sua força individual e coletiva, todos terão uma visão mais clara de como usá-la para ir além do que é elementar e buscar a excelência.
- Priorização e Delegação: este é um grande desafio para muitas pessoas. A síndrome de titã, que nos leva à ilusão de querer abraçar o mundo, tem arrastado muitos profissionais ao esgotamento emocional e psicológico. Priorizar atividades e estabelecer uma ordem para a realização de tarefas, bem como delegar responsáveis a entregá-las gera gestores menos sobrecarregados e mais assertivos.
- Desenvolvimento de Competências: não há um caminho certo e definido para as equipes que estão trilhando o caminho em direção a um negócio que mantenha uma gestão eficaz. Mas qualquer que seja este trajeto, é crucial buscar identificar e desenvolver habilidades-chave para pensar e agir estrategicamente.
Todo esse apanhado de recursos e comportamentos que fazem parte deste método colaboram para que você possa ser um gestor eficaz. Eles são catalisadores, mediadores do seu autodesenvolvimento e aumento do ferramental de gestão.
A formação da Lumit que tem esse foco, por exemplo, é o Programa de Desenvolvimento de Gestão (PDG), que instiga e orienta profissionais que buscam essa transição da totalidade operacional para o caminho questionador e inovador. É uma mudança necessária para todos aqueles que querem genuinamente construir legados de negócios que fazem a diferença no mercado.
Este é um caminho que você e sua equipe estão buscando? Fugir do ciclo operacional e do labirinto de atividades que sempre levam aos mesmos resultados? Então que tal trabalhar também pelo futuro agora e começar a investir em seu próprio crescimento?
Com todas essas reflexões, chegamos ao ponto principal: você está pronto para mudar? Inscreva-se hoje ou entre em contato agora!