Construindo Pontes, Não Muros: Liderança Eficaz Em Um Ecossistema Local

Construindo Pontes, Não Muros: Liderança Eficaz Em Um Ecossistema Local

Memes, redes sociais, Chat GPT e Fake News: estamos vivendo uma era totalmente nova enquanto sociedade, presenciando o desenvolvimento de uma revolução nas formas com as quais nos comunicamos, relacionamos e até nos desenvolvemos culturalmente.  

No mundo corporativo, observamos o contato entre empresas de diferentes países ser estabelecido com apenas uma conexão de distância. Também acompanhamos a aglutinação gradual dos mercados em um único comércio mundial, com tendências que giram o mundo todo. Sem contar no surgimento de toda uma nova geração que não conhece o mundo sem a existência da internet e que traz uma percepção totalmente nova sobre as questões de trabalho e motivação profissional: uma nova era da globalização se revela a partir desta revolução digital.  

É interessante, diante desse contexto, pensar como aplicamos o termo ecossistema para tratar desse ambiente de relações culturais e corporativas, visto que biologicamente falando, todo o funcionamento de um ecossistema tem como pilar o equilíbrio. Em uma floresta, por exemplo, todos os seres desempenham o seu papel de acordo com a cadeia alimentar e leis naturais. Alterar um elemento neste ambiente é desestabilizá-lo, comprometendo todos os seres envolvidos nele. 

Já ao tratar sobre o ecossistema corporativo, observamos que a evolução constante é uma condição para o seu processo natural de desenvolvimento: empresas bem-sucedidas são aquelas que não ficam paradas no tempo, renovam-se com frequência e estão ligadas nas demandas deste novo público consumidor. Precisamos mudar constantemente, ser instigados e sair da zona de conforto, para conquistar novos horizontes e crescer. Ficar parado no mesmo lugar pode significar se isolar de todo o ecossistema. 

O que isso significa no atual contexto de mercado? 

Além de acompanhar as novas tendências, ferramentas e plataformas que surgem para otimizar processos e estratégica, os gestores desta contemporaneidade se deparam com um grande desafio: inserir-se neste cenário desenvolvendo uma equipe que acompanhe essa visão de interconexões, comércio global e oportunidades que fazem parte da nova dinâmica de mercado, superando barreiras culturais e organizacionais.

E é natural que encontrem com dificuldades pelo caminho, como as barreiras culturais e de língua, o estabelecimento de uma comunicação eficaz e a gestão de equipes interculturais.

Por isso, os gestores de sucesso do futuro são aqueles que constroem pontes. Ou seja, transformam desafios em oportunidades, firmando-se na diversidade de suas conexões e na riqueza do conhecimento adquirido para traçar suas estratégias. O resultado disso tudo é um trabalho estratégico e humanizado, que usa todas as mudanças sociais e novas oportunidades disponíveis a seu favor.

Para velejar de forma estratégica e assertiva, portanto, é fundamental  primeiramente conhecer a fundo sua “tripulação” e, assim, meios para guiá-las nessa missão de desbravar o novo, e sob constantes mudanças, mundo das corporações globalizadas. Por isso, antes de explorar as possibilidades externas, faz-se necessário realizar uma prévia análise interna, buscando compreender as dinâmicas inter e intraorganizacionais para navegar neste cenário.

Afinal, as diferenças culturais e de ideia são encontradas dentro da própria equipe: respiramos todos os dias a riqueza da convivência entre legados de diferentes gerações que estão ativas no mercado de trabalho e etnias que aqui se estabeleceram.

Com uma equipe capacitada e direcionada paras soluções inovadoras demandadas neste novo contexto, além de estabelecer uma dinâmica de trabalho saudável interna, esses gestores também têm todos os meios para firmar conexões significativas com os stakeholders, facilitando a comunicação, colaboração e compreensão mútua entre diferentes setores e culturas. 

Um lado conecta, o outro segrega

Pontes são estruturas desenvolvidas para ligar um ponto a outro e a metáfora utilizada aqui tem o intuito de reforçar esta perspectiva: é importante que as gestões conectem interesses e visões de forma que o caminho seja percorrido com mais fluidez. 

O lado oposto disso são os muros, estruturas que isolam um determinado ambiente de contato com o mundo externo. Recusar-se a explorar as novas possibilidades de comunicação e automatização, assim como a novos talentos e sua contribuição para o trabalho são alguns dos muros levantados por gestores dentro de empresas

Diante disso, outro aspecto relevante a ser abordado é a importância de uma gestão inclusiva e adaptativa, para não apenas fornecer todo o suporte necessário aos envolvidos, como gerar um senso de pertencimento e superar os “muros” de mal-entendidos e preconceitos. 

Por isso, algumas dicas e estratégias práticas para líderes que estão em busca de desenvolver habilidades para a construção de pontes são:

  • Fomentar a empatia e a compreensão cultural.
  • Desenvolver habilidades de comunicação intercultural.
  • Promover a colaboração e a inovação através da diversidade.
  • Práticas de liderança que incentivam a inclusão e a participação.

Entender o mercado e as mudanças sociais que o impactam é, sobretudo, entender como as pessoas estão evoluindo. O que pensam, como se comportam e como esperam ser tratadas. Partir dos pontos citados acima é o primeiro passo para compreender todas essas questões e liderar através do exemplo e da escuta ativa.

Seja o gestor que constrói pontes

Estar à frente de uma gestão de conexões e ser a pessoa responsável a garantir é uma missão árdua, mas poderosa. É por isso que a Lumit, junto à Fundação Dom Cabral agrega em suas formações bases de conhecimento para líderes transformadores, capazes de desenvolver estratégias baseadas nos desafios e incertezas atuais, além de preparados para atuar de forma antecipada no novo contexto mundial. 

O Programa de Pós-Graduação em Gestão De Negócios, por exemplo, amplia as competências em negociação para que todos possam crescer juntos, alinhando trocas de experiência e aprimorando a capacidade crítica e visão global para entender os impactos das suas decisões agora e no futuro. 

Rebeca Queiroz, da Smarht Consultoria Organizacional, afirma que a pós-graduação foi um divisor de águas neste sentido: “a formação foi uma verdadeira quebra de paradigmas para mim. Eu, como empresária e gestora de RH, pude ter visão de mundo, de negócios, obter acesso a ferramentas práticas que mudaram a minha forma de pensar, de analisar e, consequentemente, mudaram toda a minha rotina”, afirmou.

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